sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Uma das vozes do circo

                                                               litografia americana de 1890


desaprendo o caminho até a fonte
bebo água em outra sede
invento espaços, túneis, saídas

rumo para outros montes, alturas, raízes

clareza que mesmo na chuva
toca cada salto
ilumina as arquibancadas
sustenta as trapezistas
que entre cordas anunciam

serpentes e sobrevoos rasantes

sobre os uniformes, os escudos,
capacetes, vidraças

os atiradores das praças de confrontos perdidos
as armas pesadas e suas lágrimas

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