domingo, 7 de setembro de 2014
Ouro Preto em chamas
abrigar-se nessa briga
entre pedaços e cacos
de telhas, janelas, vidraças
desabrigar-se nessa casa imensa
cremada, incendiada
sem voz nem gente
madeiras ardendo
pedras preciosas perdidas
bombeiros vieram de Mariana e BH
movidos a terra, água, fogo e ar
fogueira imensa acesa na praça
dores, mágoas,
escravos, escravas, correntes,
crimes, senhores,
senhoras, perversidades
maldades,
vidas passadas
há séculos
almas queimadas
em labaredas altas
(em memória do incêndio de 2003 no Casarão do Pilão)
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