Parece que saí de algum sonho, de alguma caverna
de algum lugar inóspito e aquecido
Imobilizado feito os corpos de Pompeia
virei uma estátua de cinza
Sou uma miragem entre os edifícios
mas tenho a realidade dos fantasmas
a errância dos bardos
a necessidade dos mendigos
Minha imobilidade é um artifício
A todo tempo oscilo
entre a inércia do meu corpo
e a fluidez do rio que abrigo
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Nossa! É uma paisagem ou um retrato? Importa é que a água que verte esse chafariz veio de minas longínquas e nobres. Achei a estrofe intermediária belíssima.
ResponderExcluirA imobilidade com um rio dentro. Um leito estranho de rio. Talvez Heráclito parasse diante desse chafariz.
Abraço.
Olá professora Iracema! Sempre passo por aqui, sou sua fã. E amo principalmente esse teu poema. Um beijo no seu coração :D
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