Que poderá o poema nesta noite pouca
em que muito frágil e antiga
tento em vão cobrir-me com uma túnica?
Que poderá o poema contra o frio
contra a nudez batendo sobre as coisas
e minha cara refletida sobre o vidro?
Que poderá ainda
contra o rigor habitual dos edifícios
contra pequenos abismos e misérias
Que poderá contra meu ódio
contra minha inveja
e a manhã que virá com luz fortíssima?
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o poema nada pode se há prece e não silêncio. do contrário, pode com a luz, com o vidro, com a noite, com o frio.
ResponderExcluirpode até com o poeta, na humana hora de calar.
um grande beijo!
"e a manhã que virá com luz fortíssima" incendiando poemas desavisados ou palavras apagadas >>>Lindo o seu poema de poema!!!!
ResponderExcluirEu tambem tenho um blog passa lá