segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Leda e o cisne

Fernando Botero




Desisti de esperar teus signos macios
a mansidão com que amparas
as quedas sem remédios

Desisti de querer te afrontar
de usar vestidos para te iludir

Agora uso essa túnica simples
os cabelos quietos
a forma mais exata e comum

Ousadia seria esperar que me ferisses
e me espetasses os olhos com teus dramas
e me convidasses a dormir em tuas chamas

3 comentários:

  1. Poema lindo.
    É como alguém já arrebatada que no entanto se ampara em uma condescendência quase compaixão, quase misericórdia... e tudo volta ao estado de latência.
    "A forma mais exata e comum" para não mais a ousadia de qualquer espera.

    Isso é também ousado.

    Beijo, Iracema.

    Patricia

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  2. Ai de mim! cortei outra veia com sua poesia...kkkkk bjs

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