quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Morro da Forca

Minha coragem me deixará leve
suspenso entre olhares abismados

Pela última vez ouço o vento
Basta uma corda, basta um salto

E nunca mais as igrejas
e nunca mais essas ruas
e nunca mais a volúpia do sol
sobre minha carne

Talvez seja só um exílio
uma leveza erguida sobre as pedras
um modo desconhecido de ser pássaro

2 comentários:

  1. Um pássaro preso a um vôo pendular.

    Para a filosofia (anfíbia) a poesia deve parecer um modo desconhecido de ser pássaro. Um pterodáctilo.

    Abraço.

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  2. Ah, eu acho esse teu poema lindo!

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