Terra úmida é o que sou
E tua voz me fecunda
Abre fendas em mim
Por onde os meninos vão nascer
Sou essa planície deitada
Sob o vento forte
Esse vale que invades
Sou domínio teu
Tua carne
Cera sob o teu poder
Sou o que queres que eu seja
Enxame, cardume, aves
Noite, noite, noite
que a tua luz esmaga sem vencer
Poema publicado na revista Geologia para poetas. Casa da Ciência/UFRJ.Rio de Janeiro.2009. Iniciativa da poeta e professora de Geologia Maria Dolores Wanderley.
Mais poemas: www.palavrarte.com/equipe/equipe_iracema.php
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Geobiologia,
ResponderExcluirque bom, belo poema.
Ira, grata!
Boas curas,
cruas,
terrenas, doce umidade,
para um ar, vento e éter, o fogo e a água,
uma terra
sem dono,
sem fim,
com fim,
do início ao fim.
Elisa Franca e Ferreira
iracema, gosto muito da tua poesia. já até transcrevi algum poema lá em meu espaço.
ResponderExcluirbom encontrar teu blogue.
um beijo.
Que música gostosa de ouvir, sentimentos tão raros hoje em dia, e ainda menos expostos com essa delicadeza sincera. Parabéns pela escolha.
ResponderExcluirMuito bom, gostei muito do texto, parabéns, Iracema!
ResponderExcluirO nome da minha professora é Pura e o sobrenome é Ousadia.
ResponderExcluirCada verso, mesmo só, é simples, é cheio de significado... Nos faz parar e pensar que as coisas mais simples e naturais são extraordinárias... O poema faz referência as nossas origens e ao mesmo tempo transmite calor, contando uma história de amor...
ResponderExcluirParabéns Iracema!
ResponderExcluirAdorei!
Texto muito lindo, puro, e ao mesmo tempo, sensual. Consegue mostrar com metáforas uma história de amor, utilizando assim, a terra, nossa origem, nossa mantenedora.
ResponderExcluirsinto a fúria em suas palavras mais não entendo o que elas dizem.
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