segunda-feira, 1 de julho de 2013
Clítia
Estou atada a um destino
como a um rochedo
Por séculos serei um girassol
acorrentado à luz
Amigo Prometeu, tu que roubaste
o fogo dos deuses para colocá-lo
no coração dos homens,
liberta agora meus olhos dessa escravidão
Preciso curar-me, amigo,
dessa claridade
Quero sombras para drenar
essa luz que não me dá sossego
Ensina-me um jeito de abrandar
o fogo e de expulsá-lo
Preciso de trevas para o meu desejo
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