Juazeiro, Juazeiro,
o peso de tanta gente
vou levando na ladeira
Imagens estilhaçadas
cacos de virgens Marias
santos decapitados
braços e pernas de gesso
corações de cera
estilhaços de uma guerra
Mulheres vestidas de preto
dentro de mim vou levando
cruzes pesadas, romeiros
e uma capela de Santa Clara
acesa dentro do peito
sexta-feira, 22 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Medusa
Deslizo entre tuas mãos
como um barco noturno
entre ilhas
Te apareço em sonhos
sangrando como uma ninfa
Na sombra do esquecimento
em que me alojaste
tornei-me um bicho que vive
Uma luz esquisita emana
de meus cabelos e te atormenta
Ofereço serpentes
e te assusto
Espelho o medo que sentes
do que não podes tocar
do que não podes possuir
do que a vida é pequena demais
para alcançar
como um barco noturno
entre ilhas
Te apareço em sonhos
sangrando como uma ninfa
Na sombra do esquecimento
em que me alojaste
tornei-me um bicho que vive
Uma luz esquisita emana
de meus cabelos e te atormenta
Ofereço serpentes
e te assusto
Espelho o medo que sentes
do que não podes tocar
do que não podes possuir
do que a vida é pequena demais
para alcançar
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Tear
Luta contra o silêncio
são os tecidos que vestes
o murmúrio dos teus passos
o taconeado dos sapatos
Luta contra a treva
são teus acenos, teu jeito ameno
de tomar chá à tarde
O passeio à padaria
onde buscas o pão
para mais um dia
em que iluminas
o mundo que pisas
são os tecidos que vestes
o murmúrio dos teus passos
o taconeado dos sapatos
Luta contra a treva
são teus acenos, teu jeito ameno
de tomar chá à tarde
O passeio à padaria
onde buscas o pão
para mais um dia
em que iluminas
o mundo que pisas
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