sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Praia de Ponta Negra

" Nada, nada, nadador...”
Jorge de Lima

Nadei tanto, tanto, tanto
fosse noite ou fosse dia
anfíbio eu era
metade água, outra terra

Sobrevivi porque contei tudo ao mar
ele sabe como respiro
guardei lá meus gritos
e misturei minhas lágrimas a seus sais

Fui queimada por algas
e, alentada pela espuma leve,
dei minha dor às ondas

6 comentários:

  1. "Sobrevivi porque contei tudo ao mar..."

    Lindo poema! Bom vir aqui!

    Beijos, Iracema.

    Cláudia

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  2. Só elas, em seus sais,
    sara.

    Linda entrega, Iracema.

    Um abraço.

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  3. Ah, Iracema... Por que não o autoengano?

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  4. Oi professora. Se não lhe incomodo, peço que me dê um parecer seu da minha poesia:

    Difícil é ser vidraça e
    enfrentar o amor dos homens de verdade
    e mesmo assim não entrar na lógica dos malamados.

    Difícil é se entregar a cada momento
    lutando com coragem por seus ideais de vida
    e convivência.

    Difícil é enfrentar outra cultura e
    outros valores.
    Mas de verdade!
    Na língua universal do explícito confronto.

    Difícil é não ser o objeto de desejo
    mas ser bonitinho.
    "Graças!
    Ainda dá para ter esperança..."
    Bonito também, eu acho,
    é olhar para o que já se foi
    e saber que a sua humildade é anterior ao seu pequeno enfeamento.
    É mais uma marca de caráter,
    aquela antiga criação que seus pais lhe deram.

    Ainda difícil
    é a situação de ser vidraça,
    ou condição inerente ao ser humano são.

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  5. Thalita, querida, com seus dezesseis anos, na flor da idade, e cheia de borboletas na cabeça, como vc. diz, tem mais é que ser cada vez mais convidada para a poesia! Vamos continuar tecendo o fio poético juntas!Se existe um parecer é esse: continue com essa autenticidade!!!Nós precisamos muito disso!

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