quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Antônio Francisco Lisboa

Mesmo sem querer
vou segurando em sombras
me agarro às adralvas  das portas
me apoio na cantaria das casas

Que ando a querer nas torres altas?

Confio meu corpo aos pináculos
Sustento-me em arcos cruzeiros

Com o que resta dos meus braços
modelo a carne dos anjos

Que a ando a buscar nas madrugadas?

Por que insisto em iluminar
a noite desse jeito?

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