quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Destino

Matei o gato, mamãe, matei o gato
mas o gato, mamãe, não morreu
passou o resto da vida
atravessando a sala
ensanguentado
Dona Chica não se espantou
e disse em tom muito sábio:
Esse bicho, Marília, não morre nunca
ou você foge ou finge suportá-lo

3 comentários:

  1. Versos fantásticos! Saudades da Iracema!

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  2. Fatídico. Ou melhor, gatídico (tá bom corretor ortográfico, pode sublinhar em vermelho, você não reconhece mesmo alegorias sobre o destino!).

    Cantiga de roda-viva.

    O anel que tu me deste...

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