segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Lorena no século XIX

O professor amava Lorena
tão rítmica  graciosa
O lampião se acendia junto às paredes antigas
e iluminado o latim se oferecia às línguas
mas fugia o latim, esse danado,
desertava da vida quando olhos
de mestre e aluna se encontravam

Houve latim algum dia? pensava o professor.
Não, nunca houve
Inventei essa língua só para amar Lorena
É a minha ponte para seus olhos

Um comentário:

  1. Aqui não se gasta o latim, um invento tão bem empregado. Língua remanescente no olhar. E esse poema é ponte para um tipo especial de beleza.

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