ArtRua,Rio 2011
Ninguém sabe como reluz
teu silêncio sobre minha pele
sobre as asas ásperas
que arrasto pela rua
Mas quando falas
toda medida e ritmo que não tenho
mobiliam a sala
consertam minhas veias
inchadas pela chuva
trazem um ar sereno
à minha sede
Sou ainda aquela menina
levada pelo vento
num tempo em que eras o rei
e o senhor do mundo
E mesmo que estejas perdendo
todos os poderes
ainda sou filha de cada gesto seu
cada porto que encontraste pela vida
é também o meu
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