sábado, 4 de fevereiro de 2012

O Rito de Carmem

                                                                     Oriol Jolonch

Ela é uma forma de alucinação
de hino ao perigo
e ao furor
Perfuma-se com um poema
e se apronta
como quem vai ao cinema

Parece que não há riscos
em tudo que ela faz
mas ela acorda e dorme
sitiada
Mulher em que se atira facas
ela recebe os golpes um a um
Arremessos de perda, luxúria, ciúme

No centro do picadeiro
um homem de olhos vendados
ameaça matá-la
todas as noites
diante dos aplausos inocentes




Um comentário:

  1. dardos que assinam existências.

    lindo poema demais...

    queria muito te enviar meu livro de poemas, Milagreira, como faço? sou de Currais Novos, interior do RN, afetos para sua poesia!

    (se puder me enviar seu endereço por email, te mando pelo correio. o email é: macabea33@gmail.com

    beijosss

    ResponderExcluir