terça-feira, 17 de abril de 2012
Pisciana
Ainda hoje o rádio alto da vizinhança no pátio
crimes soterrados sob a enxurrada de notícias
quebram-se arcos
alçam-se escarpas
e escamas mansas, temerárias, mudas
fazem com que nades e sobrevivas
maquiada e calma
peixe-mulher
solta livre obstinada
bem no meio da Avenida Paulista
domingo, 1 de abril de 2012
A casa
Bosch
Até os ratos abusam de nossa fraqueza
e começam a empestar a casa
De que vale sufocá-los nos buracos
se a brasa que nos resume é muito mais ligeira
Uma coisa enorme e insana
arrasta sua cauda dentro da gente
Nem os barquinhos de papel resistem
nem bonecos de pano nem peças de dominó
Círculos se fecham uns sob os outros
e ali mesmo se quebram
Bichos e anjos se iniciam por todos os lados
e devoram tudo
Até os ratos abusam de nossa fraqueza
e começam a empestar a casa
De que vale sufocá-los nos buracos
se a brasa que nos resume é muito mais ligeira
Uma coisa enorme e insana
arrasta sua cauda dentro da gente
Nem os barquinhos de papel resistem
nem bonecos de pano nem peças de dominó
Círculos se fecham uns sob os outros
e ali mesmo se quebram
Bichos e anjos se iniciam por todos os lados
e devoram tudo
Assinar:
Postagens (Atom)