Há não sei quantas armas
apontadas contra minha cabeça
e ameaçam me esquartejar depois
primeiro um braço, depois uma perna
todos os meus pedaços cortados
como cactos para o gado
e ainda querem dar meus ossos aos cães
há não sei quantos revólveres
apontados contra minha cabeça
não sei quantos pássaros mutilados
uivando
o piloto já saiu baleado com a mão no peito
a aeromoça de olhos vendados foi feita refém
muitos gritam, outros calam
e eu estou desesperado
sem saber como fugir daqui
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