É à meia-noite que ele canta e toca
os olhos depois do mar
maresia depois da chuva
à meia-noite ele chama
à meia-noite se banha
em águas de vinho tinto
no meio da noite ele acorda
do espanto do dia feroz
entre o rio do canal, entre o piano e o violão
entre o improviso e o imprevisível
à meia-noite,
inesperadamente,
desesperadamente
ele vira música
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