Invento cadernos
para entender esse homem
que me cerca
Sou uma criança que ele salvou
dos penhascos
Por gratidão,
tento aquecê-lo com a lã de minha vida
protejo seus segredos
velo seu sono e espero
A partir de agora,
serei a única guadiã de seus mistérios
Ele me convida a caminhar dentro da noite
e me leva pela mão como uma filha
Me finjo amiga, menina, companheira
Alguns anos se cumprirão
e ele nem imagina
o corpo de amante
que vou lhe ofertar sob as estrelas
terça-feira, 5 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Leto e a ilha de Delos
Onde andas, Netuno?
não me deixes vagando pelos mares
ancora mu corpo, prende-me
transforma-me em filha tua
Cerca-me com tuas tempestades
com tua boca encantada
nunca deixes de ferir-me
para que eu ande sempre comovida
No meio de tanto sal
dá-me náufragos, arcas
e a nudez certa para enfrentar-te
Dá-me também tuas misérias
e a firmeza com que esperas
e inventas todos os navios
não me deixes vagando pelos mares
ancora mu corpo, prende-me
transforma-me em filha tua
Cerca-me com tuas tempestades
com tua boca encantada
nunca deixes de ferir-me
para que eu ande sempre comovida
No meio de tanto sal
dá-me náufragos, arcas
e a nudez certa para enfrentar-te
Dá-me também tuas misérias
e a firmeza com que esperas
e inventas todos os navios
domingo, 3 de maio de 2015
Era
O que um dia foi ternura e canto
resultou em bruma
aquela que foi bela e tua
em pele, em pelo, em carne, em alma
hoje é fantasma
O que era febre e entrega alucinada
hoje mendiga na vidraça
Assinar:
Postagens (Atom)