sexta-feira, 16 de julho de 2010
A Gravidez de Zeus
Mais uma vez houve fúria contra um filho de Zeus. Para salvar Dioniso, o pai guarda o coração do filho em sua própria coxa. Grávido, por fim, traz de volta ao mundo o deus do vinho e da folia. Por esses dias me senti grávida de gêmeos, cada um em uma de minhas coxas, úteros imaginários que talvez representem a força grávida dos que caminham férteis e feridos e não se deixam cicatrizar totalmente. Muitas vezes somos nômades em nosso próprio corpo e a vida pode ser um passeio insólito, estranho, absurdamente belo: os passos de alguém grávido em suas coxas, pernas, em todos os os seus poros e pelos.
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Que fúria é essa que fere e fertiliza? Quem joga os dionísios em nossas coxas? A vida mesma?
ResponderExcluirDe qualquer jeito, é boa a ideia de levar essa festa nos passos, escondidinha. Isso dá em beleza afora e adentro.
Fúria? Fé? Força? Fertilização?... Fraqueza, enFado, Farinha... Vamos comer?!
ResponderExcluirUm graaaaaaaaaaande beijo, poeta!
Vida longa ao Foliasofia!!!
Pois é Fábio, querido companheiro da palavra, dividimos o mesmo pão,né?Te agradeço pelo incentivo nesse início de vida de Cybercultura
ResponderExcluirCom a Fê, cognome Maria da Fé, divido um pão à distância , estrela que me ilumina muito.
essa gravidez é imaginaria linda, entre coxas e pernas tudo pode acontecer, todo um corpo uma vida a nascer.
ResponderExcluir"...Muitas vezes somos nômades em nosso próprio corpo e a vida pode ser um passeio insólito, estranho, absurdamente belo...".
ResponderExcluirIsso pode explicar os diferentes modos de vida dentro de uma sociedade, onde contrastam os amantes da vida com os indiferentes da mesma.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir" Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira"
ResponderExcluirDesde muito tempo atrás, podemos ver até onde o amor paterno pode ir... Vemos isso até mesmo na mitologia, que com todas suas fantásticas histórias, pode ter uma história muito bonita e forte....
ResponderExcluirO amor incondicional de um pai por um filho, não é diminuído, mesmo na Mitoligia Grega, onde coisas improváveis acontencem.
ResponderExcluirO Nomadismo citado no texto agrega poderes involuntários do ser humano, o poder de não ter certeza do amanhã, e acreditar que aquilo pode valer a pena, e que essa pena tenha um motivo. O motivo ? O famoso e banal amor incondicional, que se mostrava presente em tempos onde o improvável era comum, e o comum era preterido, e em tempos contemporâneos, onde tudo é rápido, e padronizado, o amor se tornou clichê, e o comum antigamente preterido hoje se torna hegemonia.
ResponderExcluirAchei incrível a analogia entre a mitologia grega e os sentimentos humanos.
ResponderExcluirZeus, o deus mais poderoso grego, gerou Dionísio, um ser gerado por uma divindade grega.
Como foi citado, ás vezes sentimos a necessidade de guardar o coração de quem amamos, para protegê-lo das fúrias do mundo, como se fosse algo inerente a nós mesmos.