Teus passos, filhos do silêncio,
voltam-se lentos e sagrados
para o leito da minha vigília
passos mudos e gelados
Pessoa pura, sombra divina
como se detêm doces esses passos
Deuses! Todos os dons que adivinho
vêm a mim sobre teus pés nus
Se teus lábios se adiantam
e se preparam
para apaziguar meus pensamentos
com o conforto de um beijo
Digo: não te apresses nesse gesto terno
doçura de ser e não ser
pois eu vivi de te esperar
e meu coração precisa dos teus passos
* Tradução livre a partir do poema “Les pas”( Os passos), de Paul Valéry(1871-1945)
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