quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amor e guerra

Texto de um personagem masculino de Anais Nïn, do livro " Uma espiã na casa do amor"
" Eu dormia com a guerra, antigamente todas as noites a guerra era minha amante. Tenho profundos ferimentos de guerra em meu corpo, como você nunca teve, uma proeza militar pela qual jamais serei condecorado".

5 comentários:

  1. Tinha feridas doloridas, cravadas no corpo e na mente, no coração. Profundas e pesadas dores, múltiplas, mas unidas numa só, maior ainda.
    Dormia com espiões, testemunhas e inimigos, na guerra, aquela grande luta. Quando e quem venceria, viveria e morreria?
    Mas do conflito tensional, caminhando para o fim- da noite, com a lua cheia, as estrelas derramando um manto com brilho, segurança e estabilidade, força e beleza, nasce o dia, o sol, nas montanhas, aquecendo o ar, o vento, as águas, a terra e tudo o mais, pelo espaço, no éter.
    Proeza, condecoração? Ah...não importa, ofereço presentes: flores, rosas, palavras, gestos, linguagens, abraços, beijos, entrego o corpo e a alma, bela e amorosamente...
    Elisa F.F

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  2. O amor é a capacidade de se dedicar de todo o seu ser à aquilo que se preza de modo que feridas e sacrifícios sempre serão necessários.
    O importante não é amar e sim se dedicar completamente ao amor, tendo consciência de que o que se recebe em troca nem sempre é aquilo que se deseja e sim o que seu amado possa retribuir, devemos aceitar isso.

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  3. Uma vez me libertei da Guerra, dominei o mundo. Mas, por algum motivo que não sei explicar, desde que ela se foi, nunca mais encontrei a Paz.
    Revolucionários me devolveram a Guerra, ouvi os Sinos de São Pedro tocarem e me tornei seu eterno amante.

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  4. O amor pode ser o mais puro e perfeito sentimento,mas é aquele que causa as chagas mais profundas e dolorosas de nossas vidas,chagas estas adquiridas quando se ama e não é correspondido ou quando o punhal da traição lhe é fincado.

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  5. Um retrato de uma realidade da época. Guerras, conflitos, todos deixavam suas marcas nos soldados, porém a glória de se vencer era dos grandes generais, que algumas vezes nem se encaminhavam ao campo de batalha. Tem grande relação com a atualidade, guerras no oriente médio, soldados morrem, mas os chefes de estado se vangloriam de terem matado centenas de pessoas. Nesse trecho, é retratada a realidade dos homens que iam às guerras, sem afeto, com marcas de batalhas e memórias pessoais que nunca seriam esquecidas e memórias públicas que nunca seriam lembradas.

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