domingo, 18 de julho de 2010

A terra e o fogo

Terra úmida é o que sou
E tua voz me fecunda
Abre fendas em mim
Por onde os meninos vão nascer

Sou essa planície deitada
Sob o vento forte
Esse vale que invades
Sou domínio teu
Tua carne
Cera sob o teu poder

Sou o que queres que eu seja
Enxame, cardume, aves
Noite, noite, noite
que a tua luz esmaga sem vencer


Poema publicado na revista Geologia para poetas. Casa da Ciência/UFRJ.Rio de Janeiro.2009. Iniciativa da poeta e professora de Geologia Maria Dolores Wanderley.
Mais poemas: www.palavrarte.com/equipe/equipe_iracema.php

9 comentários:

  1. Geobiologia,
    que bom, belo poema.
    Ira, grata!

    Boas curas,
    cruas,
    terrenas, doce umidade,
    para um ar, vento e éter, o fogo e a água,
    uma terra
    sem dono,
    sem fim,
    com fim,
    do início ao fim.
    Elisa Franca e Ferreira

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  2. iracema, gosto muito da tua poesia. já até transcrevi algum poema lá em meu espaço.

    bom encontrar teu blogue.

    um beijo.

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  3. Que música gostosa de ouvir, sentimentos tão raros hoje em dia, e ainda menos expostos com essa delicadeza sincera. Parabéns pela escolha.

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  4. Muito bom, gostei muito do texto, parabéns, Iracema!

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  5. O nome da minha professora é Pura e o sobrenome é Ousadia.

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  6. Cada verso, mesmo só, é simples, é cheio de significado... Nos faz parar e pensar que as coisas mais simples e naturais são extraordinárias... O poema faz referência as nossas origens e ao mesmo tempo transmite calor, contando uma história de amor...

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  7. Texto muito lindo, puro, e ao mesmo tempo, sensual. Consegue mostrar com metáforas uma história de amor, utilizando assim, a terra, nossa origem, nossa mantenedora.

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  8. sinto a fúria em suas palavras mais não entendo o que elas dizem.

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